26 de fevereiro de 2013

Ansiedade da separação, a gente viu por aqui!



Uma das coisas que eu incentivo na Yasmin desde sempre é a ser uma criança independente e destemida.

É triste dizer isso, mas a realidade é que não sei se estarei ao lado dela amanhã, posso estar como posso não estar, e caso não esteja, quero que ela seja uma pessoa forte que sempre vai acreditar no potencial que tem.

Procuro fazer isso pra que ela tenha confiança nela mesma, acho super importante a criança acreditar na própria capacidade e não se importar tanto com o que os outros dizem (pq eu fui uma criança que me importava demais com a opinião alheia).

Sabe aquela criança que não saí do colo da mãe pra nada, que se enfia debaixo da roupa da mãe quando vê estranhos, chora se alguém quer pega-la e essas coisas todas que muitas crianças fazem? Então, esquece, a Mimi nunca foi assim, nunca mesmo, muito pelo contrário, sempre foi simpática com todo mundo, sorri pra qualquer passante na rua sendo conhecido ou não, cumprimenta todo mundo, acena até pra lua, jamais tive problemas em deixa-la com meus pais ou o marido pra sair e resolver coisas que com ela levaria mais tempo. Lógico que se um estranho chega perto dela, ela percebe que a pessoa não faz parte do nosso círculo e estranha, mas basta meia dúzia de palavras pra que ela se abra em sorrisos e se torne amiga de infância de quem for.

Acontece que, de uns dias pra cá ela anda grudada em mim de uma maneira que nunca foi, nunca mesmo.
Quer a mamãe pra tudo, de menininha super independente que quer fazer tudo sozinha, ela passou pra menininha que tem medo de ir na cozinha sozinha, e ela nunca foi assim.

Corri pra ler sobre o que seria isso, afinal, estranhei esse comportamento dela mais grudada que carrapicho, e antes que eu pudesse fazer qualquer constatação tivemos um episódio punk de verdade sobre ficar distante dela por algum tempinho.

Precisei ir ao médico, e como consultório médico não é lugar pra criança, pedi pra que minha mãe ficasse com ela, afinal, ela é doida varrida na vovó, achei que ela ficaria super bem ...

Horário combinado, esperei ela se distrair pra que não tivesse que me despedir, e lá fui eu.

Consulta terminada, tudo certinho, e exatas duas horas depois voltei pra casa, e me deparei com uma cena muito triste.

Mimi no colo da minha mãe, de calcinha, banho recem tomado e vomitando to-das, e quando eu digo todas, é tudo mesmo, quando ela me viu, exclamou "Mamãe!" e ploffff, mais leite pra fora.

Fiquei assustada, afinal, deixei ela super bem em casa, assistindo a Galinha Pintadinha, com os livrinhos favoritos, bebericando aguinha de coco, cantando e dançando ... e duas horas depois aquilo.

Minha mãe disse que depois que eu saí ela demorou pra notar minha ausência, mas quando notou foi o caos instaurado.

Me procurava em todos os cômodos da casa, embaixo dos armários, debaixo da cama, atrás das coisas, pegou minha mãe pela mão pra me procurar junto à ela, e falava "Mamãe, mamãe...".

Minha mãe a distraiu, conseguiu fazer com que dormisse, deu mamadeira, mas assim que acordou de uma sonequinha pequena e agitada (cerca de 40 minutos), voltou a chamar a mamãe e aí a coisa cresceu demais, ela ficou nervosa, pq me chamava e eu não vinha, começou a chorar e a vomitar, a ponto de não ter mais o que vomitar e vomitar água.

Cheguei no meio dessa confusão toda, quando a vi, corri pra limpa-la, peguei no colo, deitei com ela na cama, ela colocou a cabecinha entre minhas pernas, fechou os olhinhos e ficou curtindo o momento de volta da mamãe desnaturada que sai sem se despedir da filha.

Como num passe de mágica, foi me ver e parar de passar mau, ficou um tempinho in love comigo e já voltou a fazer reinações de todo tipo, e eu me sentindo um monte de esterco seco e inútil, afinal, se a tivesse levado teria evitado todo esse dramalhão mexicano a la Maria del Bairro.

A noite com mais calma fui ler sobre ansiedade de separação, e céus, como a coisa é séria.

Do primeiro ao segundo ano de idade os maiores medos de uma criança são a separação dos pais, estranhos, barulhos intensos, animais e escuro, sendo que a separação dos pais é o maior medo de uma criança nessa fase.

Eu devo enfatizar que sempre voltarei pra ela, não importa o que aconteça, sempre sempre voltarei, isso tem que ficar bem claro na cabecinha dela, eu sempre voltarei não importa o que aconteça, mas entre enfatizar e ela entender tem um espaço de tempo né ...

Nada nessa vida é pior que ver o filho da gente sofrer, seja por uma vacina, seja por um tombo, seja por uma frustração ... mas ver ele sofrer pq sentiu sua falta, ahhhhhhh isso não tem o que supere, é angustiante e como mãe já nem é um ser que sente culpa, só faz aumentar o sentimento de que poderia ser melhor!

E agora com essa novidade, minha preocupação não é apenas deixa-la segura sempre, minha preocupação explodiu e se multiplicou num monte de coisas né, como faz quando eu tiver que internar pra ter o Marshmallow? Como faz quando o bebê nascer?

Juro, continuo levando certas questões com a barriga pra não sofrer de véspera, a verdade é que o segundo filho traz uma tranquilidade incrível, mas a gente acaba se preocupando em dose dupla com o primogênito, mas faz parte, né?

Enquanto isso eu vou amassando e brincando muito com ela, dando toda atenção que posso, fazendo todos os passeios que não fizemos ainda, enfim, curtindo ela de maneira especial antes do Marshmallow chegar, pq sei que depois da chegada dele, nada será como antes, e eu quero que na vidinha dela, tu-do seja inesquecível como já tem sido!

Aiiiiiii como eu falo!

Vou ficando por aqui ... beijos!




Um comentário:

  1. Nossa que coisa! eu faço isso tbm, de sair e não falar com ele, pra nao ter aquela choradeira, mais ele fica super bem,nunca aconteceu isso! pelo jeito ela e agarradissima com vc!!

    Bjs

    Vitoria & Nathan

    Ta rolando sorteio no meu blog, passa lá!

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