8 de junho de 2011

Dificuldades do dia dia

Daí que eu carrego a Yasmin comigo pra cima e pra baixo, com alguns poucos dias de vida já a coloquei no carrinho e fomos dar uma volta, no início ela sempre dormia com tanto sacolejo, mas agora vai o passeio todo acordadinha, prestando atenção em tudo que passa pelo caminho, e distribuindo sorrisos banguelas pros passantes.
É sempre assim, eu a coloco no carrinho e saímos, levo ela pra todo lugar que vou, assim ela toma o sol que é necessário, passeia um pouco, conhece novos ares e eu não fico melancólica de ficar o tempo todo em casa.
Assim seguem os nossos dias, passeando por aí, indo aonde dá com o carrinho e observando coisas horrorosas.
O motivo deste post não é pra dizer que a Yasmin é uma bebê passeadeira, estou escrevendo este post porque fico indignada com certas coisas que vejo, presencio e vivo no meu dia dia.
É o seguinte, nós moramos aqui em São José dos Campos, uma cidade industrial, desenvolvida, com um pólo de emprego muito grande, uma cidade muito bem arborizada, com vias de acesso pra todos os lugares, grandes shoppings, um sistema de educação pública muito legal, e blablablá... (eu realmente adoro morar aqui, a cidade é tudibão), mas uma coisa que me impressiona muito são as calçadas e ruas.
Como é difícil manobrar um carrinho de bebê seja na calçada ou na rua, são totalmente íngremes, cheias de buracos, nada padronizado, é tudo desigual, algumas calçadas são feitas de grama, outras cimento, outras grama e cimento em desenhos geométricos (fica boniiito), mas nada que ajude quem tenha carrinho de bebê pra manobrar, e a coitada da criança sacoleja ali viu.
Aí vocês podem estar pensando “larga mão de ser reclamona e tome vergonha na cara Julia, logo logo a Yasmin cresce e você não vai precisar mais levar ela pros lugares de carrinho, ela vai andando com você!”.
Sim, a Yasmin irá crescer e andar comigo, mas o que me deixa pensativa é como os cadeirantes passam um sufoco com ruas e calçadas, correm o risco de caírem por serem desiguais, tem dificuldade de locomoção, as vezes as guias não são rebaixadas pra que possam subir, se escolhem andar na beirada da rua correm o risco de serem atropelados por algum motorista louco e irresponsável que não respeita as pessoas e ainda serão julgados como irresponsáveis que não deveriam andar na beira da rua e que simplesmente acharam o que estavam procurando.
E não adianta dizer que estou sendo maldosa porque é assim mesmo que funciona, as pessoas mau sabem da situação e tem o péssimo hábito de sair julgando.
E o que me impressiona não é que só os cadeirantes tem dificuldade de locomoção, uma pessoa que está usando muletas também encontra dificuldades desse tipo, nós que pilotamos carrinhos de bebês, e pessoas que tem problemas pra andar em suas diversas formas.
Eu acho uma mega falta de respeito isso, afinal de contas essas pessoas também pagam impostos e merecem condições adequadas pra se locomoverem, essas coisas realmente me revoltam.
Digo por mim, pela minha cidade, aqui e um lugar ótimo de se viver, mas as condições pra quem tem dificuldades desse tipo são vergonhosas, transporte público diferenciado foi chegar dia desses, tem coisa de no máximo dois anos.
Eu não sei como funciona nas outras cidades, e eu espero que funcione melhor que aqui, mas as vezes sinto vergonha de mim mesma quando vejo uma pessoa com dificuldades e eu não posso fazer nada.
Não posso fazer nada porque não tem o que fazer pela pessoa, posso ajuda-la ali naquele momento mas e depois quando ela precisar de ajuda novamente?
A propósito, aqui o prefeito e sua equipe se preocupam mais em deixar a cidade arborizada, em plantar grama na área nobre do que em rebaixar as guias pros deficientes, é ou não é uma vergonha?

São muitas coisas a se pensar, ser mãe me tornou uma pessoa mais reflexiva ainda, e eu gostaria mesmo de fazer alguma cosia pra ajudar a mudar essa situação.

E na cidade de vocês, como são as coisas?

Beijos

Juu

13 comentários:

  1. É sim uma vergonha...mas aqui na minha cidade não é diferente, Esse [é nosso Brasil (infelizmente)
    Bjos para as duas passeadeiras!

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  2. Ju, quando eu morava aí no BR eu morava em SP e reparava aqui e ali algumas coisas pra facilitar a vida dos cadeirantes, mas nunca cheguei a pensar nisso a fundo. Quando me mudei pra cá, percebia como eu via um número maior de deficientes nas ruas, vivendo suas vidas. E percebi que isso só acontece pelo simples fato de aqui ser POSSÍVEL fazer isso! Aqui os carros adaptados não são mais caros, as ruas tem ótimas condições, os estabelecimentos comerciais são todos adaptados e os deficientes tem acesso a tudo o que querem e precisam. Eu acredito muito que o Brasil ainda vai chegar lá! :)

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  3. Por aqui eu quase desisti de andar de carrinho pela rua!
    Fico imaginando deficientes q dependem de guias rebaixadas pra conseguir atravessar!
    A buracaiada aqui em SP é feia viu!

    Bjos

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  4. Oi oi oi
    como tu tá desnaturada, nunca mais te vi lá no meu blog, tem sorteio e nada de ti!
    Vamos ao assunto, aqui as ruas são bem ruins, mas eu dou um jeitinho porque não me aguento dentro de casa muito tempo!
    Acho que a prefeitura não faz nada, não sei quando vão fazer,mas enquanto não fazem eu vou atravessando a rua, em busca dos melhores trechos!
    Bjs
    Angi
    apareça,hein??saudades da sua opinião!mas mesmo assim não te abandono!!

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  5. Júlia, acho que a maioria das cidades grandes são assim... e, não é de hoje não... eu passeava pela rua de carrinho com a minha Ju, aqui em SP, há 15 anos atrás... e já era bem ruim... imagino agora, que tudo nesse sentido piorou...

    Bjs

    Sil

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  6. hahaha,,,,só rindo pra não chorar, pq é de chorar, tb me sentia assim qdo andava de carrinho com a sara e pior ja tentou entrar num banco? não passamos pela porta giratoria por menor q. seja o carrinho ai tem q, chamar nao sei quem pra abrir uma porta lateral, olha é o fim do mundo, ninguem pensa em cadeirante e muito menos em mães...

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  7. Se vc quiser conhecer a cidade mais cheia de buracos do estado de SP é só vir para Sumaré. Eu já desisti de andar de carrinho com minha filha por aqui. A roda até já chegou a sair do carrinho: uma tristeza!
    Muito bacana seu blog!

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  8. Oieee achei seu blog e me encantei logo no primeiro post que li.
    Acredita que sempre q passeio com a GIGI penso o mesmo.. aqui em SP as calçadas são terríveis também e fico imaginando os cadeurantes. sempre falo disso para o meu marido. Isso é uma vergonha. Infelizmente não é só ai não. Lamentável!!
    Adorei seu blog e já estou seguindo
    beijosss

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Oi Ju, tudo bem???
    Eu fui uma vez a sua cidade. Adorei!!!
    Os amigos do marido moravam em um prédio e na frente há um praça linda e enorme!!!!
    Tudo de bom!!!

    Lembra que falamos do 2º blog para falarmos do nosso dia a dia de mulher, pois é eu fiz http://romeninamulheremae.blogspot.com/ Da uma passadinha por la!!!

    Beijos

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  11. Flor calçada é um problemão, aqui em sampa é um caos.
    Andar de salto, só se for equilibrista, pra não cair porque o salto prendeu em um buraco.
    a Yasmin deve esta muito fofa.
    Bjks

    www.rosantanaeamigas.blospot.com

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  12. Moro em Mogi das Cruzes e a coisa também é bem assim, um desastre pedestre. Em frente ao shopping daqui tem até uma guia rebaixada que, se você for na fé e subir direto cai em um barranco! O prefeito até distribuiu umas multas por conta de uma lei que padronizou as calçadas, mas a coisa foi mais pra pegar dinheiro do povo porque tinha de ser um determinado pavimento, não valia cimento liso ou outra coisa que deixasse a calçada retinha. Ok que a calçada seja de responsabilidade do proprietário do imóvel, mas e a liberdade pra você escolher como você quer a calçada (piso e tals).
    Outra coisa péssima é a falta de guias rebaixadas (essas de responsabilidade da prefeitura) em locais adequados e em todo lugar, né?
    E os cocôs dos cachorros com donos porcos que não carregam sacolinhas pra jogar no lixo adequado? Só quem já teve que lavar as rodas do carrinho por conta dessa porqueira pra saber, aff.
    No resumo, se cada um fizesse a sua parte muita, mas muita coisa mesmo seria beeeeeemmmm melhor

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  13. Nossa, q stress! Ainda bem q aqui o negocio é mais decente, dá pra andar de carrinho quase q pelo pais inteiro, numa boa...

    Beijos, Juu, e beijos na linda!

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