20 de janeiro de 2011

Nossa história de amor - parte 2

Capítulo 3 – Primeiro encontro

Daí que um belo dia ... sua mãe chegou do serviço super cansada, jogou o celular em cima da cama (pq ele vivia na mão já que trocávamos mensagens o dia todo – sem exagero),pegou a toalha e foi pro banho.
Quando voltou, tinham algumas ligações não atendidas no display, e chata do jeito que sempre foi pensou “não conheço o número, se for importante, vai retornar”.
Joguei o celular em cima da cama novamente e fiquei pensando naquele número daqui mesmo ... prefixo de perto do shopping, era alguém daquelas redondezas que estava me ligando ... enfim, que ligasse de novo.
O celular tocou de novo, e atendi, chuta quem era?
Se pensou “era o papai!”, acertou na mosca!
Conversamos um pouquinho e resumão mesmo, seu pai soltou a seguinte frase:
Tô num lugar chamado Shopping Colinas, pode conferir pelo nº que tá no display, perdi seis horas de viagem ou vc vai vir me ver?”.
Mega intimato né ?
Tremi na base, e agora, ia ou não ia ?
Claro que eu ia né, fiz uma super escova no cabelo (pq adoro meu cabelo escovado), me perfumei, fiquei mais linda do que nunca e lá fui eu.
Cheguei no shopping o quanto antes e lá estava ele no local combinado, sentado, super nervoso me esperando!

Yasmin, juro pra você que naquele momento o mundo parou, ver seu pai todo lindo pra mim foi único, o chão sumiu, as pernas tremeram, o coração parou por segundos, o rosto ficou ruborizado, não tem como explicar, como eu já disse, quando seu verdadeiro amor chegar você saberá que é ele, moldado e feito exatamente pra você, te preenchendo e completando de todas as formas.
Pensei naquele exato momento “é com ele que quero passar o restante de todos os meus dias!”.

Não teve conversa, não teve meio termo, teve um abraço que durou uma eternidade, o abraço mais macio e reconfortante que já ganhei e um beijo cheio de delicadeza, espera, ansiedade e desejo!
Depois disso, seu pai super gentil disse “você é muito mais bonita do que eu pude imaginar!” – ahhhh, o mundo poderia ter explodido naquele exato momento que eu morreria feliz!

Depois de beijos e abraços conversamos muito, fui pro hotel com ele e passamos a noite toda conversando sobre tudo que já sabíamos que iríamos conversar, mas que era mágico mesmo assim – não, no dia seguinte eu não iria trabalhar, e mesmo que fosse, iria feliz!

Mas como a vida não é festa o tempo todo, seu pai teve que ir embora, chorei litros, e senti um vazio que nunca havia sentido antes.
Tive medo de nunca mais vê-lo, e esse foi o primeiro dia que vi seu pai chorar, ele também sentiu medo de nunca mais me ver, mas mau sabíamos o que o destino havia preparado pra nós!


Capítulo 4 – A páscoa mais gostosa do mundo


Continuamos nos falando pelo MSN, trocando mensagens pelo celular o dia todo e conversando pelo telefone, mas a saudade apertava cada dia mais.
Antes o que era apenas vontade de estar junto se tornou uma necessidade para os dois, e hoje eu afirmo, namorar a distância dói, machuca e emagrece!

Era 20 de março de 2008, mamãe foi dormir na casa de uma amiga, mas queria mesmo era estar com o papai, independente se fosse aqui ou lá, o que importava era estarem juntos!
Fiquei maquinando alguma maneira de passar a páscoa com ele, até porque ele trabalharia, então não poderia vir pra cá.

Dia 21 de março acordei e a primeira coisa que me veio na cabeça foi “vou pra Petrópolis!”, falei pra amiga da mamãe – a Aline – que iria pra lá, mas que meu pai jamais deixaria que eu viajasse sozinha, ainda mais pra ver namorado que eu tinha conhecida através da internet, portanto, diria que estava indo viajar com ela e a irmã pra algum camping da vida, a Aline não contestou, e o plano infalível estava pronto!
O plano era simples, iria pra casa, arrumaria uma malinha, iria pra rodoviária, pegaria um ônibus pro Rio e depois um pra Petropolis, simples assim.
Amigas comparsas toooodas avisadas do plano, todas dando a mesma desculpa pros meus pais caso ligassem, não tinha erro.
Fui pra casa, tomei um super banho – pq seriam longas horas de viagem - arrumei uma micro-mala com 4 peças de roupa, sabonete, perfume, calcinhas, um par de sandálias fora a que estava no meu pé e só, estava eu, indo pra outro estado com uma mini mala (sim, a mamãe que sempre foi tão exagerada estava indo apenas com uma mala de mão).
Passei no caixa eletrônico e tirei todo restante do meu dinheiro do banco, que totalizavam algo próximo de trezentos reais( essa parte é importante dizer pq eu vou perder o dinheiro mais pra frente), afinal, dinheiro é aceito em todo lugar, ao contrário do cartão né...
Na minha cabeça eu tinha roupa suficiente e dinheiro suficiente pra ficar num hotel barato, veria seu pai, passaria uma páscoa feliz, conheceria uma cidade nova e voltaria pra casa, a parte que eu nem sabia onde Petrópolis ficava no mapa eu não levei em consideração, afinal, isso era apenas detalhe, e pra que me ligar em detalhes numa hora dessas né?

Liguei pro seu pai avisando que iria pra lá, ele ficou feliz, estaria me esperando quando chegasse, e estava mais ansioso que eu.

Senti um frio na barriga quando entrei no ônibus, eu estava viajando escondido – sabia que era errado, mas a sensação de proibido era tão gostosa que nem liguei.

Saí de São José dos Campos as 15:40, não sei ao certo que horas eram quando chegamos na rodoviária de Resende pra fazer uma parada, mas já estava escuro.
Eu estava tensa em estar fazendo as coisas escondida, não quis nem descer do ônibus, de repente surgiu uma vontade de tomar suco de laranja, e eu desci.
Desci, tomei meu suco, e voltando para o ônibus vi uma bomboniere, pensei com meus botões “ahh, nem comprei ovo de páscoa pra levar pro Pablo, mas levarei uns bombons!” (eu nem roupa estava levando direito e meu preocupei com ovo de páscoa, mulher é uma criatura engraçda).
Como cada bombom custava o preço de um rim no mercado negro, comprei quatro, dois pra mm, dois pra ele e só, afinal, ou eu chegava lá ou eu comprava bombons, achei melhor chegar lá só com dois bombons do que não chegar.
E aqui eu digo, foram os bombons mais caros da minha vida!
Todo dinheiro que eu tinha estava junto, ao invés de contar o dinheiro na carteira, não, eu tirei o dinheiro, coloquei em cima do balcão, dei o dinheiro referente ao pagamento dos bombons, peguei meu troco, coloquei na carteira, e fui embora.
Sabe aquele dinheiro que eu coloquei em cima do balcão? Então, aquele dinheiro ficou lá, alegrando o dono da lojinha de doces pra páscoa,mas isso eu viria a saber só mais tarde!

Continua ...

Com amour

Juu

.

9 comentários:

  1. Nossa quanta emoção...continua loogo Ju

    ResponderExcluir
  2. Vc tava tão nervosa q esqueceu o dinheiro.... hj vc deve rir ne... mais aquele dia deve ter sido tenso kkk
    bjs

    ResponderExcluir
  3. OI.... Tudo bem? Meu nome é Lara.... Adoro o seu blog....Estou gostando muito da sua história.... Aguardo as cenas dos próximos capítulos....rsrsrs.... Beijos!!!!

    ResponderExcluir
  4. Júlia... quero mais....

    Ta parecendo novela...

    Amei...

    Super beijo

    ResponderExcluir
  5. Affff, Julia! Continua logo, mulheeeer!

    Beijos!!

    ResponderExcluir
  6. Júlia, sua doida!!! Primeiro, eu teria morrrido de medo de ir escondida... vai que o ônibus sofre um acidente, eu morra - meus pais iam morrer tb... e que loucura é essa de tirar o dinheiro da carteira?!! Vc tava pinéu ou já tava dormindo e sonhando com um certo anjo, não?!! Tô doida pela continuação da história...rs. Bjsss

    ResponderExcluir
  7. Vc tá parecendo o programa do João Kléber! Blog não tem comercial não! hahahaha.... Continua logo muiééé!

    Nossa, eu ia MORRER se eu tivesse perdido todo meu dinheirinho! hahaha

    Continuuuua! :O)

    ResponderExcluir
  8. Oi, Júlia!!
    Descobri seu blog ontem e amei!!
    Um grande abraço! Tudo de bom para vc e sua família!!
    :)

    ResponderExcluir
  9. Olá Julia, muito prazer!
    a alguns dias sigo o teu blog e agora me deu uma vontade enorme de comentar...
    parabéns pelo blog, pela escrita e pela linda história de amor...
    to adorando!
    bjss

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário aqui‼