27 de outubro de 2010

Batizar ou não batizar ?

Daí que eu não sou um exemplo de religiosidade, e se disser pra vocês que sou espiritualizada ao máximo – pura mentira!
Já experimentei quase tudo no que condiz a religião, já estudei várias religiões e nada preenche minhas dúvidas, até pq fé é acreditar em algo que não se vê, e confesso que só acredito no que meus olhos podem enxergar ou no que é palpável.
Sou cética e sou crítica, porém, respeito à crença alheia, pra mim não importa se você crê em Jesus, Deus, Alá, Maomé, Buda, Krishna, Deusa ... o que importa é ser uma pessoa boa e me respeitar, o resto não faz diferença.
Se alguém me pergunta qual minha religião apenas respondo “não tenho religião”, e assunto encerrado, esse é um tema que eu não gosto de falar, até pq quando começo a falar me sinto uma atração de circo, com todo mundo querendo fazer perguntas, questionando isso e aquilo e tentando me convencer que eu devo acreditar em algo, e isso é extremamente desagradável, pq não tenho a intenção de fazer ninguém desacreditar em nada, logo, gosto que respeitem minha opinião.
Pablo por outro lado é totalmente religioso, tá certo que não vai em nenhuma missa – acho que não entra numa igreja desde sua primeira comunhão - mas acredita em Deus e é totalmente temente.
Se falo alguma coisa que ao seu ponto de vista é uma barbaridade faz o sinal da cruz e diz pra eu retirar o que disse pq Deus castiga.
É uma particularidade dele, eu o conheci assim e em respeito à ele, jamais vou tentar mudá-lo, desde o primeiro momento eu o aceitei dessa forma, ele é feliz acreditando em Deus e Anjos da guarda, e quem sou eu pra querer fazer que ele mude o pensamento que tem ?
Assim como eu o aceitei com a crença dele ele me aceitou com a minha opinião, e jamais tentou mudar meu pensamento (mais um motivo pra eu ser tão apaixonadinha por ele), e assim somos felizes e nos respeitamos.
E é nesse ambiente dividido em matéria de religiosidade que a Yasmin vai nascer.
Não vou impor nenhuma educação religiosa pra ela, acho que seria hipocrisia da minha parte não acreditar em algo e querer que minha filha acredite, no entanto Pablo morre se a filha dele não for batizada.
Não tenho vergonha de confessar que acho batizado uma celebração bonitinha e que até me agrada que a Yasmin seja batizada.
Festinha, vestidinho, fotos, recordações ... pq não ?
Refleti muito e, eu posso não acreditar em nada, mas se o pai da minha filha acredita em alguma coisa e gostaria que ela acreditasse também eu não posso me colocar no meio disso impondo o que acredito como verdade absoluta.
Pablo sempre foi tão delicado e me respeita tanto que jamais cobrou isso de mim – se a batizaríamos ou não - a reflexão, a decisão partiu de mim.
A maioria das crianças tem um padrinho e uma madrinha, pq eu faria minha Yasmin crescer se sentindo diferente pq a mãe dela não acredita em nada disso e a privou de ter um casal que zele por ela ?
E foi refletindo nisso tudo que cheguei a conclusão que mesmo não acreditando eu gostaria que a Yasmin fosse batizada, conversei com o Pablo e ele ficou feliz com a decisão.
E é isso, vamos batizar a Yasmin e deixar a critério dela quando for maiorzinha se seguirá alguma religião, se vai querer fazer primeira comunhão e coisas do tipo, mas quero que a escolha parta dela, não quero induzi-la a nada, quero que ela faça escolhas consciente daquilo e não pq a mãe ou o pai gostariam que ela fizesse.
Marido concordou e achou sensato não impormos nada a ela, e é isso.
Podemos estar equivocados em nossas escolhas no que condiz a religiosidade de nossa menininha, mas acho que pra evitar conflitos dentro de casa o melhor a fazer é isso.
Não vou morrer em deixar que batizem minha filha, isso não me fere, não me machuca e não a machucará, aliás, mal não fará, então não vejo pq me opor.
Decisão tomada, agora é esperar ela nascer pra batizar, e nesse meio tempo enlouquecer organizando a festinha, procurando o vestidinho, fazendo cursinho ...

Com carinho

Mommy Juu - felizz

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16 comentários:

  1. Concordo e muito!
    Eqto a religiao (qualquer q seja) for sinonimo de bondade e de respeito, tudo eh valido e enriquecedor.

    Principios como esses nao devem estar ligados a nenhuma religiao, vc esta certissima!!

    Parabens pela decisao! O batismo eh "bonitinho" mesmo, perto do q o grao de bico passara ao 8 dias de vida (tem ate um post q escrevi essa semana sobre isso!) - a circuncisao!!

    Beijao!!

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  2. Eu acho muito legal voce respeitar a religiao do seu marido.
    Eu acho batizado muito bonitinho, que mae nao gosta de familia e amigos reunidos para celebrar o seu bebe?

    E outra, mal nao faz ne? Hehe

    Bejus pra voce e pra Yasmim

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  3. Sou assim como vc, cética e crítica, meu marido pode não ser tão cético quanto eu, mas ganha de mim em ser crítico, enfim, eu fui batizada com 8 anos, fiz eucaristia e crismei, no entando não quero isso pra Duda, me senti num mato sem cachorro quando minhas dúvidas surgiram e a catequista da paróquia disse que era pra mim rezar pois era pecado duvidar da existência de Deus, mas minhas dúvidas eram tantas e tão fortes que acabei nunca acreditando mesmo. Enfim, marido e eu concordamos, Duda não será batizada mas não negarei á ela sua catequese se ela se interessar pelo catolicismo e eu penso que o batismo é depois da crisma, quando a criança entende realmente o significado daquilo.. Afinal, o Jesus foi batizado sendo imerso dentro do Rio Jordão por João para livrar-se de seus pecados..E se tem coisa que nada chega perto desse batismo é o batizado na igreja hoje em dia, os respingos de água de nada se compara ao feito Nele, e que grande pecado um bebê pode ter cometido, assim tão pequeno?
    Acho lindo como vcs consegue lidar com as diferenças no ponto de vista, eu já não consigo, o respeito prevalece e que venha Yasmin toda produzida no branco rendendo lindas fotas para o blog..
    um beijo

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  4. E sobre padrinhos, Duda tem os de coração, amigos da mamãe de quase 10 anos.
    Afinal, a reunião com os amigos e o amor com que os padrinhos foram escolhidos e o que darão á sua bebê são coisas lindas.
    Concordo, mal não faz.
    bjoo

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Concordo com o que disse e acho que cabe a cada um escolher a religião a seguir quando entender e saber diferenciar as coisas...

    Mas aqui em casa é ao contrário, eu quero batizar e meu marido não concorda 100%, já que não segue nenhuma religião, é um assunto que ainda estamos conversando....rs

    Bjos!!!

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  7. Decisão muito sensata amiga.
    Parabéns.

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  8. Ju, acho muito legal essa cumplicidade do casal! É um exemplo a ser seguido por muita gente. Aqui em casa, ambos somos agnósticos e assim como não casamos na igreja pra não ferir as pessoas que acreditam (meus pais), não batizamos pelo mesmo motivo. Nós não acreditamos na religião e se um dia eles quiserem fazer o que quiserem nesse assunto, vou super apoiar.
    Acho isso muito importante pra família ser feliz, nada de imposições. Beijocas

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  9. Jú, só passei pra dizer que adorei sua idéia das estrelinhas no teto...rsrs. Isso me fez lembrar, que, por volta dos meus 18 anos, comecei a trabalhar numa papelaria e na época, tava começando esse negócio de adesivo que brilha no escuro.Sem meu pai saber, eu comprei várias cartelinhas.. estrelinhas, lua, sol, e mais estrelas. Todas coloridas. Isso mesmo, coloridas durante o dia e luminosas a noite. Lembro que papai sempre foi muito rigoroso com paredes, pisos, mas mesmo assim eu fui lá e colei sozinha no teto cada adesivo. Quando ele chegou, já estava de noite. Assim, tampei os olhos dele e falei que tinha uma surpresa. O levei ao meu quarto e fechei a porta no escuro. Quando destampei os olhos dele, ele ficou sem palavras... reclamou um pouco depois, mas achou lindo. Elas estão até hj lá, no quarto que um dia foi meu...rsrs.
    Quem sabe faça isso tb no quarto do Noah?! Vlw pela idéia e pela lembrança. Bjsss

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  10. Oi Julia,

    Então, religião é um assunto no qual não costumo comentar, a não ser no meu blog que aonde expresso minha humilde opinião(lá afinal "eu que mando" rs) mas respeito muito a forma de cada um pensar.
    Acho que o que vale realmente são as ações, a bondade de coração, concordo com vc.
    Não julgo e nem condeno nenhuma forma de pensar, absolutamente.
    Estou aqui pra te dizer que se sinta apoiada sempre, porque quero te ver feliz, e se batizando e seguindo a religião de seu marido é o que você quer, acho justo.
    Provavelmente agiria da mesma forma que você amiga, quando estou num impasse, corro pro marido no famoso "amoooooor, que c acha?!" hahaha

    Flor, estou adorando participar virtualmente da sua gravidez, obrigada por esse privilégio!

    bzo
    e durmam bem família linda ♥

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  11. Oi, Ju!
    Eu não passo por isso pq eu e meu marido não temos religião. Meu irmão tb não tem, mas minha cunhada é super católica. De ir à missa e tal. Olha só, não fui escolhida como madrinha por não ser católica. E tô de boa com isso, pq me considero madriah de coração. Meu filho ou filha não será batizado e escolhrei um casal que seja importante na minha vida para ser padrinho.
    Como para seu marido isso é importante e vc gosta da cerimônia, acho que tem que fazer aquilo que acha legal para Yasmin.
    Beijosss e parabéns para nos ganhadoras do sorteio rsrs

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  12. Ta aí uam discussão q não teremos em casa.
    Meu marido e eu temos a mesma religião. q bom q vc é vai fazer a vontade do seu marido. Ele deve ter ficado muito feliz.

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  13. Querida Ju,

    Eis a base de todo relacionamento: o respeito! Meu marido e eu somos católicos, frequentamos a missa, fomos criados com base no Cristianismo, embora eu só tenha adquirido o hábito de ir às missas depois que nos casamos. Mas eu acredito também no Kardecismo, em coisas que ele acha improváveis de acontecer. Até aí, nos respeitamos em nossas discordâncias e não tentamos convencer o outro do certo ou errado. Até porque ter (ou não) fé, é algo particular, muito pessoal e quem ama, entende, aceita o outro como ele é!

    Mas fico feliz que você tenha chegado a essa conclusão de batizar a Yasmin porque não fazer isso, com certeza deixaria seu marido chateado. É sempre bom ponderar, né? :)

    Ensine-a o caminho do bem, da justiça e ela será uma pessoa maravilhosa, escolhendo por si própria no quer quer acreditar!

    Um beijo bem grande nas duas!

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  14. Ju,

    Que bom que vc e maridex se respeitam com relação à posição religiosa, isso mostra o amadurecimento do amor que têm pelo outro.
    Quanto ao batismo, sou suspeita para falar pois sou cristã, sem religião mas cristã.
    O batismo é uma celebração onde a criança deixa de ser apenas criatura para tornar-se filho de Deus, isso é o que diz a igreja. Além de recebr uma bênção, isso pode ser útil para a Yasmin mais tarde, exemplo: quando ela (se ela) resolver casar na igreja católica. Para casar-se na igreja eles pedem a certidão de batismo, então é um problema a menos que vc resolve agora mesmo!

    bjo!

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  15. Muito legal o seu respeito pela fé do seu marido. Concordo com os comentários: decisão sensata...

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  16. Ainda não tenho filhos, porém este assunto já esteve em discussão entre eu e meu marido, por isto hoje pesquisando pela net encontrei seu blog.
    Quanto a religião tenho as mesmas ideias que você, costumo brincar que se eu tivesse que seguir uma religião teria que criar a minha, pois concordo com algumas coisas de uma, discordo de outras.
    Porém, a diferença mais importante é que meu marido, ao contrário do seu, não é nada religioso, ele assim como eu, foi batizado, fez catequese, crisma etc, mas depois naturalmente começamos encontrar "falhas" que não nos fizeram seguir a religião católica.
    Pra ter uma ideia depois de 3 anos juntos a primeira missa que fomos foi neste final de semana, mas apenas pq era casamento de um amigo.
    O principal ponto de divergência é que ele justifica o batismo apenas por ser uma coisa que todos fazem, que sua família gostaria e, nesta parte eu discordo muito, pois acho tamanha hipocrisia batizar nosso (futuro) filho apenas pq faz parte da convenção social, enquanto nem eu nem ele somos religiosos.
    Espero que quando tivermos filhos já tenhamos chegado a um consenso, pq por enquanto só consigo pensar que pra mim não faz nenhum sentido batizar.

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