4 de fevereiro de 2013

Pronação dolorosa ou deslocamento do cotovelo!

Daí que pela terceira vez aconteceu conosco.

A primeira foi aos quatro meses, chorei, me tremi toda como bambu verde e eu relatei aqui.

A segunda foi aos nove meses, me mantive mais calma, mas de tão brava que fiquei com tudo que aconteceu nem relatei no blog (levamos ela pro hospital, e a ortopedista de plantão tirou raio-x, orientou a dar Tylenol e voltar pra casa pq estava tudo certo, como vi que daquele mato não saíria coelho, recorri á um pronto socorro público e em menos de dois minutos de consulta o plantonista colocou o bracinho no lugar novamente!).

E a terceira vez foi domingo, e vou relatar já já, mas antes, quero explicar necessariamente o que é.

Explicando...

O nome é mais assustador do que o que acontece em si, mas é assim, a cabeça do rádio se desloca do ligamento anular, fazendo com que a criança fique com o braço molinho igual geleia, ela não consegue movimenta-lo, esse tipo de lesão é frequente em crianças com até cinco anos, pois os ligamentos são mais elásticos, e o desenvolvimento ósseo está incompleto.

Geralmente acontece sempre da mesma maneira, a criança saí correndo pra rua, na frente de algum carro, pra Nárnia, sei lá, e a mãe ou o pai a segura pelo braço ou antebraço pra que ela não corra, e aí ouvimos o "crec" ou o barulho de algum estalo, imediatamente, o pequeno começa a chorar, o bracinho fica imóvel ao lado do corpo, com o cotovelo dobrado. Depois de um tempinho a criança para de chorar, desde que ninguém a force a movimenta-lo ou toque seu cotovelo.

Dificilmente o rádio vai voltar pro lugar sozinho - embora possa acontecer - o negócio é acalmar a criança, e leva-la pro hospital o quanto antes.
O mais interessante isso tudo é que provavelmente você não ficará n consultório com a criança por mais de dois minutos, enquanto ele conversa com você, coloca a mão no cotovelo da criança e ploff, coloca o osso no lugar, sem dor, sem anestesia, sem nada.

Após o procedimento a criança já volta a mexer o bracinho normalmente e você pode voltar pra casa e preparar o coração pra alguma outra arte.

A explicação é essa, é exatamente isso que acontece, e domingão, Mimi igual um Saci no shopping, depois de chupar sorvete, passear um monte sem o carrinho (pq ela é uma môti) segurando uma florzinha na mão direita, saiu correndo de perto do Pablo e ele instintivamente a puxou pelo braço pra que ela não fosse pra frente de um carro no estacionamento, na hora ouvimos o barulhinho típico "crec" e ela chorou triste.

Fomos pra casa, preparei uma mamadeira, troquei a fralda, dei o celular na mão dela pra que ela pegasse e eu tivesse certeza mesmo de que o bracinho estava dodói, e quando vimos que pela terceira vez aquilo estava se repetindo, peguei um casaquinho e 11 da noite lá fomos nós rumo ao hospital.

Na recepção ela mandava beijinho pra geral, pulava e corria (isso pq o bracinho não tava funcionando direito, veja bem) e como eu disse na explicação, não ficamos dois minutos no´consultório com o ortopedista, conversando conosco ele colocou o osso no lugar, ela testou o braço - sim, pq ela sentiu que ele tinha voltado ao normal, deu uma mexida, disse "xau" pro médico e foi abrindo a porta - e estávamos dispensados.

Enfim, eu tô contando isso, pq foi uma das coisas que me pegou realmente desprevenida na maternidade, e se eu tivesse lido a respeito antes, acho que não teria ficado apavorada como da primeira vez que aconteceu. Não que eu não tenha sentido dó dela nessa terceira vez, mas por saber que o braço não vai cair, não vai inchar, nem nada disso, eu consigo manter mais a calma e pensar com clareza.

É lógico que se acontecer com seu filho, vc vai ficar com tremedeira, vai chorar de desespero, vai ficar tão nervosa que vai dar crise de xixi, mas pelo menos já saberá que seu filho vai ficar bem, o bracinho vai voltar pro lugar certinho, ele vai se movimentar normalmente e você vai agradecer por ele ser tão arteiro e espoleta, embora quase tenha uma infarto do miocárdio e uma crise de choro desidratante na hora, mas né, ser mãe é isso aí.

Pra evitar uma ida ao hospital, o ideal é não puxar a criança pelo braço, como a figurinha acima ilustra - se bem que eu achei absurdo a mulher arrastando o filho, ou alguém girando a criança pelo braço...

Agora é esperar a próxima arte da vez, pra eu contar pra vocês, e haja coração viu!

Beijos

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